Se você é empresário e tem dúvidas sobre como retirar dinheiro da empresa de maneira legal, estratégica e sem prejuízo, precisa conhecer as duas formas principais de fazer isso: pró-labore e dividendos. Cada uma tem regras, implicações tributárias e consequências diferentes no seu bolso.
Saber como se remunerar corretamente é parte essencial da gestão do seu negócio. E mais do que isso: é uma forma de evitar multas, bitributação ou escolhas ineficientes. Neste artigo, explicamos como funciona cada modelo e como tomar a melhor decisão.
As duas principais formas de retirar dinheiro da empresa
Todo empresário tem direito à remuneração, mas precisa escolher o caminho certo para isso. As duas opções mais comuns são:
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Pró-labore: salário do sócio que atua na empresa, com incidência de INSS e IR (quando aplicável), mas sem FGTS.
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Dividendos: distribuição dos lucros da empresa, isenta de imposto de renda para a pessoa física (desde que a contabilidade esteja em dia).
Cada uma dessas formas tem seu papel e pode ser usada de maneira estratégica, desde que você entenda as diferenças e faça uma escolha consciente.
1. Pró-labore: a remuneração fixa do sócio
O pró-labore é a forma mais direta de o sócio se pagar. Ele funciona como um salário e serve especialmente para o sócio que atua na operação da empresa. A legislação exige que, quando o sócio presta serviço regularmente, receba pró-labore, e esse valor sofre incidência de INSS e, se ultrapassar certos limites, também de Imposto de Renda.
Um ponto importante: o pró-labore não tem recolhimento de FGTS, o que costuma ser vantajoso. Afinal, como empresário, não faz sentido recolher um fundo com rendimento abaixo da poupança e de uso restrito. Esse valor pode ser reinvestido na empresa, usado em sua reserva de emergência ou aplicado de forma mais inteligente.
Para muitos negócios, adotar um pró-labore enxuto, apenas para cumprir obrigações legais, já é suficiente. O restante da remuneração pode vir por outra via, mais vantajosa: os dividendos.
2. Dividendos: retiradas de lucro com isenção de imposto
Os dividendos são a segunda e mais vantajosa forma de retirar dinheiro da empresa. Quando a empresa tem lucro e a contabilidade está em dia, é possível distribuir esse lucro entre os sócios, sem pagar imposto de renda novamente. Isso evita a chamada bitributação, ou seja, pagar imposto duas vezes sobre o mesmo valor.
O segredo aqui é manter a escrituração contábil correta e seguir o que manda a lei. Empresas que não mantêm uma contabilidade formal ou que fazem retiradas sem base legal podem ter problemas com o fisco. E aí, a vantagem vira risco.
Além disso, só é possível distribuir dividendos se houver lucro real apurado. Tirar dinheiro antes disso, de forma antecipada e sem controle, pode colocar a empresa em situação irregular ou comprometer seu capital de giro.
Como a Diretriz orienta seus clientes
Aqui na Diretriz Contabilidade, lidamos com esse tipo de dúvida todos os dias. Nosso papel é ajudar o empresário a fazer a escolha mais vantajosa, segura e de acordo com o momento da empresa. E não se trata de fórmulas prontas, mas de entender a realidade de cada cliente.
Normalmente, orientamos nossos clientes a manter um pró-labore estratégico e retirar o restante por dividendos, desde que o lucro exista e tudo esteja corretamente documentado. Também analisamos se o modelo tributário atual está favorecendo ou prejudicando a retirada de lucros.
Se você ainda não conhece nossos serviços, veja como podemos ajudar:
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Quando usar cada uma das formas?
A resposta é: depende. Em muitos casos, o ideal é usar as duas formas combinadas:
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Um pró-labore fixo, para manter obrigações legais e previdenciárias.
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Dividendos como principal forma de remuneração, desde que a empresa esteja lucrando.
Essa combinação garante que o empresário contribua com o INSS (se desejar contar com aposentadoria, por exemplo), mas sem abrir mão da isenção que os dividendos oferecem. Ou seja: menos impostos, mais eficiência e segurança.
Cuidado com a mistura de contas
Um erro comum entre empresários é misturar o caixa da empresa com as contas pessoais. Isso prejudica o controle financeiro, complica a contabilidade e pode causar problemas fiscais. Toda retirada precisa ter lastro e seguir critérios legais.
Por isso, seja qual for a forma escolhida para retirar dinheiro da empresa, o ideal é que tudo esteja documentado e planejado, com acompanhamento de um contador de confiança.
E você, já revisou a forma como está se pagando?
Revisar a forma como você retira dinheiro da sua empresa é mais do que uma questão burocrática, é uma decisão que impacta diretamente seus resultados e sua segurança fiscal.
Se você ainda tem dúvidas ou nunca conversou sobre isso com seu contador, essa pode ser uma boa hora para começar. A Diretriz está à disposição para analisar o seu caso e ajudar você a tomar a melhor decisão.